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O valor do trabalho sob a ótica do livro a Libertação dos Povos de Norberto Keppe
Por Augusto Lewin

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O homem viverá do suor do seu rosto”, tal frase maravilhosamente insculpida no livro da Gênese bíblica reflete uma verdade inconteste, o ser humano depende do seu trabalho para sobreviver. Vou além, o homem depende do trabalho para alimentar o seu corpo e alma.
A lição sobre a importância do trabalho nasce no seio da família, posteriormente é reiterada nos bancos escolares, por fim nos deparamos com um mercado de trabalho não condizente com nossos sonhos pré-fabricados de labor.

A frustração com o mercado de trabalho, face as lições de idade mais tenra, dá-se por fatores internos e externos ao indivíduo. O hiato depreciativo do trabalho é palmilhado por ilusões construídas sob a égide de um bombardeio maciço da verdade pré-concebida de que todos nós precisamos de um bom emprego, estável e preferencialmente numa instituição financeira. 
Somos condicionados a servir grandes instituições ou poderes constituídos, relegando a um segundo plano nossas aptidões. O prazer do trabalho se limita à barganha de exercer uma função “socialmente” importante, enquanto a verdadeira força de trabalho escondida sob nossos punhos é atrofiada. Resultado: insatisfação geral com o trabalho, pois se aprende a ser servo, jamais a ser senhor da própria força obreira.

Não há intenção nessas poucas linhas em provocar uma revolução instantânea anárquica ou socialista, muito menos em se tornar um ermitão como o próprio Thoreau, verdadeiro Robson Crusoé social, voluntariamente insulado de uma sociedade da qual todos nós fazemos parte, sem podermos dar-lhe as costas como se não existisse por estar ali viva e presente.

 

Mas, sim, trazer à luz a proposta de Norberto Keppe de Libertação dos Povos, um verdadeiro manifesto de ruptura do cordão umbilical com os poderes constituídos, trazendo ao homem de boa vontade a possibilidade de se tornar senhor das próprias aptidões, servo fiel da sua própria arte.
A libertação de Keppe parte do interior para o exterior. Ele acredita numa mudança de pensamento para uma alteração de atitude, a qual inevitavelmente mudará a estrutura social sem movimentos bruscos e violentos, trazendo-lhe o bem-estar idealizado por todos os indivíduos em seu ambiente de trabalho. 

Segundo essa filosofia não há nada a perder, pelo contrário, o autor conclama aos homens de bem o despertar para se desenterrar o tesouro interno adormecido em toda pessoa. Emergir do recanto mais profundo da alma o potencial escondido sob a grossa carapaça social instaurada nos atuais meios de produção; transgredir a uma estrutura de trabalho apodrecida pelo tempo, todavia ainda capaz de aprisionar o ser humano nos seus domínios, apesar de não mais corresponder ao anseio da maioria das pessoas.

A proposta keppeana de trabalho pode ser aplicada em qualquer serviço. O homem domina seu meio sem tornar-se rude com a sociedade, isto é, não subjuga ninguém, até porque a concepção do trabalho verdadeiro é produzir para o bem-estar geral, jamais para escravizar ou dominar. Há uma perfeita simbiose social, capaz de extirpar as chagas da miséria exposta nas vitrines da mídia.
Cumpre finalizar a idéia de libertação dos povos de Norberto Keppe com a célebre frase de Confúcio: “Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.
Faça a diferença em sua vida, até porque ninguém poderá fazer isso para você. Pense de forma independente, organize com pessoas afins seu próprio meio de produção e traga ao mundo aquilo de mais belo que existe no seu interior.

 

 
 

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Rodrigo Pacheco Angelico - Advocacia Internacional